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FÉRIAS NO CASARÃO

DO BARÃO DE AYMORÉS

O Texto Será Dividido

Em Quatro Partes, sendo:

Você pode ler o Histórico de Férias No Casarão, ouvindo a música de época do principal compositor brasileiro de ópera, Carlos Gomes. Música romântica: Quem Sabe produzida em 1859.

 1 - Um Breve Histórico

2 - O Casarão

3 - As Férias No Casarão

4 - Um Pouco da Árvore Genealógica 

O Casarão um projeto Arquitetônico Histórico Colonial, com sua imponente varanda na fachada principal, se destaca em uma foto emoldurada  pelos contornos da  Serra dos Aymorés e sendo vigiado diuturnamente pelas

pelas  cinco Palmeiras Imperiais.

Construído no Período do Brasil Império - 1870 - 1873

Pelo: Major Antônio Rodrigues da Cunha

Barão de Aymorés

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Cadeia de montanhas que constituem a Serra dos Aymorés;

Um Breve Histórico 

Major Antônio Rodrigues da Cunha

Filho de Antônio Rodrigues da Cunha e de Rita Maria da Conceição Gomes da Costa, o então major Antônio Rodrigues da Cunha, nasceu em Conceição da Barra  em 1834, e recebeu o título de Barão de Aymorés em 1879, veio a falecer em 31 de julho de 1893, aos 59 anos de idade. Viveu intensamente no período de governo do Brasil Império, que era governado pelo segundo Imperador do Brasil, Pedro de Alcântrara, conhecido por  Dom Pedro II.

Morreu em 1893 e a seu pedido, o corpo foi sepultado no Cemitério de São Mateus a 14 palmos de profundidade e sem nenhum lápide, sob um arco localizado a direita, depois do portão interno, para que o local de sua sepultura não fosse identificado. [Fonte: Facebook - Fábio do Nascimento}

Período  Brasil Império.

Portanto, o período de implantação dos projetos do Major Antônio Rodrigues da Cunha, aconteceram durante o Reinado de Dom Pedro II.

O Reinado de Dom Pedro II focou no desenvolvimento econômico e social do país, sendo construídas as primeiras linhas telegráficas e a primeira estrada de ferro do país. Dom Pedro II.

O último monarca brasileiro teve uma presença ativa nos assuntos científicos do país e foi próximo de cientistas como Charles Darwin e Alexander Graham Bell. Em seu reinado, contribuíu com o desenvolvimento científico do país, financiando diretamente pesquisas, laboratórios e institutos de pesquisa.

Quando Alexander Graham Bell inventou o telefone, o imperador do Brasil Dom Pedro II, estava na exposição e foi o primeiro brasileiro ao falar no telefone ao dizer " Meu Deus, isto fala".

Foi Dom Pedro II, que outorgou o título de Barão de Aymorés em 1889, para o Major Antônio Rodrigues da Cunha.

 

Um pouca da História da saga do Major Antônio Rodrigues da Cunha em suas incursões na conquista e desbravamento de fazendas que atuaram especificamente na cultura da cana de açúcar e do café. A implantação da Fazenda da Cachoeira do Cravo, hoje situada no distrito de Nestor Gomes, município de São Mateus, cultivava a cultura da cana de acúçar e a implantação da Fazenda Serra dos Aymorés, que ficou conhecida como Fazenda Serra de Baixo, que ficava localizada nas imediações da Serra dos Aymorés, introduziu na região a cultura do café. 

FAZENDA CACHOEIRA DO CRAVO

 

Por volta de 1860, o major Antônio Rodrigues da Cunha estabeleceu-se nas proximidades do local denominado de Cachoeira do Cravo, Casou-se em seu primeiro matimônio com Thomásia Silva Lima com quem teve um casal de filhos. Ergueu sua residência no local denominado de Fazenda Cachoeira do Cravo, nas proximidades hoje do patrimônio de Nestor Gomes, que pertence ao município de São Mateus. A Fazenda Cachoeiro do Cravo na época era caracterizada pelo cultivo da cana de açúcar, onde foi instalada uma  moenda de cana de açúcar que foi importortada da Europa e era utilizada na fabricação de acúçar e alcool..

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Major Antônio Rodrigues da Cunha

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Fazenda Cachoeira
Do Cravo

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Ponte construída pelo Major
considerada na época uma grande façanha.
 

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O   CASARÃO

Our Clients

FAZENDA SERRA DE BAIXO 

Da entrevista com Eugênio Cunha, neto do Barão de Aymorés e pai do eminente promotor de justiça: Dr:. Eduardo Durão Cunha

Fazenda Cachoeira do Cravo - O Major Antônio Rodrigues da Cunha, subiu o braço sul do rio São Mateus e foi fazer a sua fazenda em plena mata virgem. Fez uma mansão, uma ponte atravessando o rio, uma grande façanha para a época, uma barragem, um sobradão, onde instalou uma usina de açúcar que importou da Europa.

Depois de tudo feito, com a baixa do preço do açúcar, ele atravessou o rio e botou fogo nos canaviais.

Saiu dali e abriu um picadão para estabelecer contato com Minas Gerais. Foi bater em pleno distrito mineiro de Peçanha. A Folha, daquela época, noticiou: “Um rico fazendeiro de São Mateus, major Antônio Rodrigues da Cunha, abriu esse caminho e foi aqui festivamente recebido”. No Serviço de Colonização, eu ainda encontrei um trecho desse picadão.

Depois foi desbravar Nova Venécia, deixando para trás sua fazenda na Cachoeira do Cravo. Foi plantar café.

[o Treco acima, foi extraído da entrevista do neto do Major Antônio Rodrigues da Cunha, Eugênio Cunha - pai do eminente Promotor de Justiça Dr:. Eduardo Durão Cunha, Consta na reportagem publicada no Jornal  A Tribuna de Vitória - ES, em 1974}

Por volta de 1870, quando o Major Antônio Rodrigues da Cunha, desbravador que era, partiu para novas conquistas, em busca de terras férteis e desta vez adentrou as matas nativas mais a  oeste em busca de novas terras para cultivo de café. Segundo pesquisas algumas narrativas levam-nos a acreditar que ele tinha o foco de se estabelecer nas imediações da Serra dos Aymorés, pois informações que obtive ele sempre avistava a Serra dos Aymorés, e tinha uma verdadeira fixação por ela, e tinha uma imensa curiosidade em conhecer a região, foi então que após chegar nas proximidades do maciço rochoso do local conhecido como Serrra dos Aymorés, que ele ficou convencido pela beleza da região que aquele seria o local ideal para montar a sede da fazenda que mais tarde viria a se chamada de Fazenda Serra de Baixo.

Entre 1870 - 1873, construiu o Casarão, que mais tarde viria a ser conhecido como o Casarão do Barão de Aymorés, título que lhe foi outorgado pelo Imperador do Brasil na época, Dom Pedro II, em 1879, em reconhecimento por sua luta em prol do desenvolvimento da região e principalmente pelo seu pioneirismo na implantação da cultura do café. 

[o Treco acima, foi extraído da entrevista do neto do Major Antônio Rodrigues da Cunha, Eugênio Cunha - pai do eminente Promotor de Justiça Dr:. Eduardo Durão Cunha, Consta na reportagem publicada no Jornal  A Tribuna de Vitória - ES, em 1974}

Na foto a seguir mostramos uma parte deste esplendido casarão que marcou uma época e que foi totalmente destruído ao longo dos anos e que  hoje só nos restam lembranças das boas férias que felizmente conseguimos desfrutar nele.

A seguir fotos do Barão de Aymorés e sua esposa do 2º matrimônio, Theodósia Viera  Cunha e  do local onde foi erguido entre 1870-1873, o Casarão do Barão de Aymorés. Deste casamentos tiveram nove filhos, sendo 5 homens e 4 mulheres.

O Título de Barão de Aymorés

O Barão costumava dizer que foi agraciado por causa de seu irmão Reginaldo Rodrigues da Cunha, fiel seguidor de D. Pedro [II]. Mas a alegação de sua comenda estava ligada a seu pioneirismo na cafeicultura. Não gostou quando foi contemplado, porque era contra o partido do imperador. Por isso, nunca assinou seu nome com o título. Em todos os seus documentos que encontrei não havia essa citação. Influiu muito na política. Fez governadores Graciano Neves e Constâncio Sodré. Morreu cedo, aos 59 anos, em 1893. Fez-se ainda uma tentativa para salvá-lo mandando buscar Graciano Neves (médico) em Vitória.

o Treco acima, foi extraído da entrevista do neto do Major Antônio Rodrigues da Cunha, Eugênio Cunha, pai do eminente Promotor de Justiça Dr:. Eduardo Durão Cunha - Consta na reportagem publicada no Jornal  A Tribuna de Vitória - ES, em 1974}

UM VISIONÁRIO - 100 ANOS DEPOIS OS SONHOS DO MAJOR ANTÔNIO RODRIGUES DA CUNHA ESTÃO SE REALIZANDO.

Major Antônio Rodrigues da Cunha, era um visionário que lutou na época pela construção de um porto na cidade de São Mateus para escoar a produção, assim como pela construção de uma estrada de ferro ligando São Mateus até o estado de Minas Gerais. Acontece que 100 anos depois, estamos vendo estes sonhos se tornarem realidade. Recentemente tivemos a oportunidade de ver o Ministério da Infraestrutura, assinar o contrato autorizando a empresa Petrocity, a construir o complexo portuário de São Mateus, na região denominada de Urussuquara. 

A mesma empresa Petrocity, solicitou autorização do governo federal para construir uma estrada de ferro para ligar a cidade de São Mateus, no norte do Espírito Santo , à Ipatinga, na região do vale do aço, em Minas Gerais.Gerais, serão 460 km de ferrovia.

UM HOMEM BEM A FRENTE DO SEU TEMPO - ALÉM DE PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO CONSEGUIA SE ANTECIPAR AOS FATOS.

Extremamente importante na história da imigração, é ele o responsável por trazer para São Mateus os primeiros cearenses, que sofriam com a seca de 1877, no sertão nordestino, ele se antecipou ao final da escravidão e passou a contratar mão de obra remunerada e inclusive libertou os escravos antes mesmo da promulgação da Lei Áurea pela Princesa Isabel em maio de 1888, que marcou o fim da escravidão no Brasil.

Dez anos depois em 1888, recebeu em sua propriedade os primeiros imigrantes italianos que vieram da região de Lombardia e do Vêneto, do norte da Itália e que chegaram em Nova Venécia, depois de desembarcarem no Porto de São Mateus. Os imigrante ficavam em um local denominado de Núclo Colonial de Santa Leocádia no Km 23 da rodovia São Mateus a Nova Venécia.

 

 

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O Casal

 Majar Antônio Rodrigues da Cunha 

&

Theodósia Vieira Cunha

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Paulo Ramos

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Fazenda Serra de Baixo

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Local onde foi erguido


O Casarão do 
 

Barão de Aymorés Barão

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Continuação 


Resumo Histórico

Segundo relatos do livro "À Sombra do Elefante", dos historiadores, Izabel Maria da Penha Piva e Rogério Frigério Piva, a convite do  Major Antônio Rodrigues da Cunha, o seu irmão, o  Coronel Mathues Gomes da Cunha, abriu a Fazenda Boa Esperança, por volta de 1876,(local hoje conhecido de Serra de Cima). A Serra de Cima foi também batizada de Fazenda Santa Rita, nome colocado por Dona Alice Neves, (Dona Fitinha), nome escolhido por ela por ser devota de Santa Rita de Cássia. 

No Casarão que ficou conhecido como o Casarão do Barão dos Aymorés, de acordo com título já mencionado, que o Major Antônio Rodrigues da Cunha recebeu do 2º Imperador do Brasil Dom Pedro II, em  1879. Foi nesta fazenda que mais tarde ficou conhecida  de Fazenda Serra de Baixo que o major, veio a constituir a família em seu 2º matrimônio com Theodósia Vieira Cunha, com quem teve nove filhos, sendo: 5 homens e 4 mulheres.  

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Fazenda Serra de Cima

Santa Rita

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Tia
Maria Cunha

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Maria Cunha
( In memoriam)

Antes de começar a descrever as instalações do casarão, tenho que falar no personagem principal que nos proporcionou essas adoráveis férias no que para nós se tornou uma distração a parte. Sim, esse personagem central é a minha Tia Maria Cunha ( In memoriam), pois sem ela não seria possível estar relatando algumas lembranças das nossas férias no saudoso casarão. A nossa família de sobrenome Cunha herdada de um dos cinco filhos do Major Antônio Rodrigues da Cunha. O filho César Vieira da Cunha , que foi casado com Giuseppina Vecchiato (Vovó Pina), eles tiveram sete filhos, sendo dois homens e cinco mulheres, foram eles: Antônio Vieira da Cunha (Tio Tonico), Milton Cunha; Antônia Cunha Rodrigues(mamãe); Emília Cunha; Isaura Cunha, Maria Cunha e Elvira Cunha, isso será melhor detalhado na parte relativa a Árvore Genealógica da família do Barão.

Então o personagem a quem me referia é a Tia Maria Cunha, ela era quem nos recebia em nossas férias escolares. Pois foi ela que permaneceu morando e cuidando do casarão até quando não pode mais resistir, tendo em vistas os perigos eminentes como a queda de uma das palmeiras imperiais sobre uma parte do casarão.

A tia Maria Cunha era uma mulher alta de rosto bem expressivo e sempre muito solista, lógico que tinha uma certa dose de cuidados e recomendações, e não dava moleza para a turma com relação a aspectos de segurança, pois sabia muito bem das suas responsabilidades em tomar conta desta turma que não brincava em serviço. Tanto que a primeira coisa que fazia era nos apresentar o famoso quarto escuro, sim existia lá o quarto escuro, aquele que ao entrar e fechar a porta era um verdadeiro breu. Ela nos apresentava o quarto escuro mais ou menos assim, agora vocês já conhecem o quarto escuro, e se fizerem coisas erradas vão parar lá. Na realidade isso nunca aconteceu pois éramos anjinhos. "Lógico que essa história poderá ser complementada, na medida do possível em que formos descobrindo novas aventuras no casarão e seu entorno, pois futuras conversas entre os participantes deste grupo que por lá passou férias irão fazer relembrar novas aventuras".

Então a tia Maria era meio que a nossa mãezona e sabia cobrar e nos orientar com relação aos cuidados que devíamos ter com relação a nossa circulação na região e as recomendações eram sempre as mesmas, para tomar cuidados com as endiabradas cobras existentes na região, além das onças Suçuaranas que rondavam a região na época. Em conversa com Antônio Cesar, ele lembrou que ela estava sempre coibindo as nossas correrias no casarão, e chegava a dizer que com essa nossa correia, iríamos acabar por derrubar o casarão (que nada, como dizem por ai estava mais firme do que prego no mingau - brincadeira, estava firme e forte) . Não me lembro, mais devemos ter sido chamado atenção inúmeras vezes por esse nosso comportamento. Agora imaginem bem uma turma de primos brincando neste casarão, lógico haviam uma séries de brincadeiras, dentre ela o futebol nos salões e o pique esconde pelo casarão, além de outros tipos de brincadeiras que não me lembro. Com certeza a corrida no varandão para ver quem chegaria primeiro seria uma delas que seriam coibidas imediatamente.

Quando a tia Maria Cunha, saiu do casarão, ela foi morar no final da Rua Colatina. Sempre que eu ia em Nova Venécia eu e Rowena, criamos o hábito de fazer uma visita a ela. Caramba, erámos muito bem recebidos por ela, que ficava imensamente satisfeita e feliz da vida com a nossa visita, e conversadeira como ela era, procurava prolongar ao máximo a nossa visita. Rowena era mais detalhista do que eu, e sempre que íamos lá, ela comentava sobre um móvel antigo que deve ter vindo do casarão, era uma espécie de aparador, só que um pouco diferente dos tradicionais de hoje. me lembro que tinha uma pedra de mármore com contornos arredondados nas extremidades e me parece que tinha umas gavetas, era realmente uma peça linda de época. Agora uma coisa era líquida e certa, jamais poderíamos sair de lá sem antes tomar umas duas doses dos deliciosos licores de Genipapo e de Figo, que ela mesma os fazia.

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TIA MARIA  CUNHA

Tia Maria Cunha (in Memoriam) - A nossa homenagem póstuma para ela que resistiu bravamente como única moradora do casarão, e que apesar de ter enfrentar todas ás dificuldades no cuidado, na manutenção e conservação do casarão "Ela foi uma guerreira e lutou bravamente em quanto pode"...  Além do mais ela resistiu a todos nós que por lá passamos. Eu sempre tive um carinho especial por ela e admiro muito tudo que fez para manter o patrimônio. Agora chegou a vez da sociedade veneciana se organizar e lutar pela reconstrução deste patrimônio histórico, entendendo que não se trata de um patrimônio de família, e sim de toda a sociedade. Pois isso faz parte da história do município de Nova Venécia.

No mundo inteiro existem centenas e milhares de patrimônios históricos que de certa forma vem sendo preservado e conservado com a ajuda do setor público, poderíamos citar alguns deles como: O Museu de Louvre, O Palácio de Versalhes, As Pirâmides do Egito, o Cristo Redentor, O Museu Nacional no Rio de Janeiro e centenas de outros museus espalhados pelo mundo... Portnnto, às circunstancias com que esses monumentos foram criados importa sim,  no entanto, fazem parte da história e precisam ser preservados. 

É importante mencionar a importância que a reconstrução do Casarão do Barão de Aymorés representa para o resgaste histórico do município de Nova Venécia. Além do mais guardadas as devidas proporções, trata-se da criação de um potencial turístico para o município de Nova Venécia, representando geração de emprego e desenvolvimento social para a região.

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O     C  A  S  A  R  à O

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Cena do Filme Sagarana O Duelo
 
Janelas duplas  do Casarão

uma de Guilhotina e outra de Veneziana

2 -  o  c a s a r ã o

                

Realmente vai ser um exercício que podemos chamar de "O Túnel do Tempo", um verdadeiro exercício de imaginação de volta ao passado da época em que passávamos férias no casarão, lá pelos idos de 1959  a 1963, há uns bons 60 anos atrás. Ao passarmos pelo local percebemos que nada sobrou deste saudoso casarão, a não ser as nossas lembranças da nossa presença física durante períodos de férias que por lá passamos. Isso na época que ainda restava boa parte deste belo casarão já bem deteriorado pelo tempo, pois desde a sua construção em 1870/ 1973, até 1960, já tinham passado quase um século. Diversas iniciativas foram tentadas no sentido de tombamento do casarão, como patrimônio histórico, infelizmente todas foram infrutíferas. E, pelo que pude apurar todas esbarraram nas burrocracias do setor público e sempre acabavam estacionadas em algum escaninho. Pelo que soube, não houve falta de empenho e sempre havia algum empecilho para que o projeto de tombamento não se concretizasse.

Olhando a foto, uma das únicas tiradas na época e para uma outra foto tirada de uma pintura artística retratando o casarão, o que vemos é ele inserido em uma paisagem bucólica, ás margens da montanha rochosa e vigiado constantemente por cinco palmeiras imperiais. O significado destas 5 palmeiras imperiais ainda não sabemos, quem sabe um dia alguém possa revelar.

Fiz uma pesquisa na internet em busca de outros casarões de barões do período do Brasil Império, e não encontrei nenhum nas proporções do Casarão do Barão de Aymorés. Lembrando, que ele já havia construído sua primeira residência na Fazenda Cachoeira do Cravo e pelas informações recentes que tive, esta sede da Fazenda da Cachoeira do Cravo encontra-se plenamente conservada como mostrada na foto.

Além de toda grandeza física do casarão, não podemos deixar de notar alguns detalhes que lhes são peculiares, assim como: O varandão, com suas colunas sextavadas, mostrando além de uma preocupação estética para a época, a necessidade de imprimir nele detalhes arquitetônicos ousados, o projeto por sua imponência era considerado na época um estilo de Arquitetura Histórica Colonial do século XIX. Seguindo nesta mesma toada podemos destacar a preocupação com a escada toda em madeira com degraus bem espessos imprimindo-lhe uma certa rusticidade. Podemos destacar ainda que o belo varandão ao longo de toda a fachada principal, nos permitia contemplar toda a paisagem no seu entorno.

" Podemos ainda descrever a tela do pintor que em sua pena (aquarela, guache ou outro tipo) retratou muito bem toda beleza do casarão com sua imponente varanda na fachada principal, emoldurada pela Serra dos Aymorés e vigiada diuturnamente pelas cinco Palmeiras Imperiais. { o que retrata bem o período do Império vivido na época do Imperador do Brasil Dom Pedro II ].

 

O Casarão como mostrado na foto era o que podemos chamar de um sobrado, constituído do pavimento térreo e do pavimento superior, ou  1º andar,  com um varandão em toda a extensão da fachada principal, com um detalhe, as colunas do varandão eram em formato geométrico sextavadas, além disso as portas e janelas eram emolduradas por marcos de madeira maciços (uma facilidade da época devido a abundância de madeiras na região), os vão das portas dos salões principais eram de aproximadamente 1,20 m X 2,50 m, sendo que acima das portas tinha um fechamento em vidro de uns 30 a 40 cm e as portas eram então de 2,10 a 2,20 m de altura. As portas dos salões principais eram de madeira na parte de baixo e vidro na parte de cima, eram portas com  duas bandeiras abrindo para dentro dos salões. As demais portas da facha principal eram de madeira maciça de altura de aproximadamente 2,50 m de altura. Algumas portas internas entre o salões principais também eram de madeira maciça e tinham as mesmas dimensões das portas externas (madeira e vidro). Imagino que pela magnitude da obra e para manter os padrões da época, que as portas internas dos quartos e demais dependências deviam seguir a mesma padronagem. As janelas eram duplas, sendo que a janela externa era tipo Guilhotina (essas janelas eram em vidro) e as externas eram tipo Veneziana em madeira, com dimensões de aproximadamente 1,10 x 1,30.

Assim como o varandão, destacamos a  escada principal de acesso ao varandão em estilo rustica com degraus espessos, e que fazia a interligação do pavimento térreo com o pavimento superior, do 1º piso. Ao subir essa escada principal iremos dar em dois salões principais bem grandes e que se interligavam por portas emolduradas em marcos maciços de madira, estes dois salões mostrados no novo projeto do casarão, correspondem: o primeiro eu chamei de Galeria de Artes e o 2º eu chamei de Museu, um pouco mais a frente esta um terceiro salão, que interliga o casarão da frente até os fundos, onde ficavam: a sala de refeições, a despensa, o quarto escuro e a copa cozinha, (que no novo projeto, corresponde ao Restaurante), ficando ao lado da cozinha a varanda dos fundos, bem menor do que a varanda da fachada principal, porém, bem mais larga, e ao lado dessa varanda ficava o quarto que a minha Tia Maria, confeccionava os deliciosos queijos. Ali pelas imediações da copa/cozinha, existia um corredor que interligava esta parte do casarão com o final do casarão. Não me lembro, porém suponho que na época, esta passagem ficava interrompida em algum ponto para evitar que fossemos conduzidos até a parte do casarão que estava parcialmente destruído. Isso exatamente para evitar acidentes em um descuido de alguém andando para aquelas bandas. Acredito que era exatamente nestes corredores que ficavam a maioria dos quatos do casarão.

Toda a estrutura do casarão foi construída em madeira maciça, eram peças de madeiras de bitola de aproximadamente 20 cm X 20 cm, com paredes de estuque (paredes feitas com argila + cal + cimento+ água), formando uma espécie argamassa, aplicada sobre o a estrutura de estuque, constituída de hastes de bambus, as paredes de estuque recebiam a aplicação da argamssa manualmente e após secagem recebiam um alisamento para ficarem prontas para receber a pintura.  A maior parte do casarão era pintada com tinta branca, já alguns salões tinham uma pintura em tons esverdeados. Pude observar também que algumas portas, janelas e os marcos recebiam pinturas em tons esverdeados, formando um certo degrade em relação aos tons das paredes.  

O assoalho dos cômodos eram de madeira maciça, me lembro que os salões principais recebiam tábuas de largura de uns 30 a 40 cm. O forro dos cômados eram também de madeira maciça e eram contornados por um roda foro também de madeira. Já os frisos (se é que podemos chamar assim) que formavam o teto tinham largura menor que as dos assoalhos.

O telhado foi projetado com quatro águas, e a telha utilizada é a telha de "Cumbuca", ou canal, fabricadas na época em cerâmica.

 

2 - o  c a s a r ã o      (continuação)

Na parte de traz do casarão tinha uma outra varanda bem menor que o varandão da fachada principal, porém, mais larga, local que nos permitia contemplar as cinco exuberante palmeiras imperiais e a montanha rochosa que ficava atrás do casarão. Essa varanda  era acessada por uma outra escada nos fundos. Ao olhar naquela direção também podíamos ver a caixa d'água, que ficava localizada no montanha rochosa e que recebia água encanada através de uma tubulação de chumbo que captavam água nos cumes da montanha. [Fonte Sombra do Elefante}. Além disso existia na casa um grande fogão (além de ser bem grande era de uma beleza ímpar que conferia um charme especial para a cozinha) e além disso, esse fogão tinha uma imensa serpentina para aquecimento de água, acreditamos que esta água quente era utilizada pelos moradores para os banhos no período de inverno, e etc.etc.etc...

Quando você olhava o Casarão do Barão de frente, via, à sua esquerda, a uma distância de mais ou menos uns 200 a 300m, o local por onde passa um córrego que vem da Serra de Cima e era conhecido como “banheira”, - provavelmente, as pessoas costumavam tomar banho ali. Dizíamos: “Vamos lá na banheira!”. Era um lugar muito bonito, formado por uma bela vegetação nativa que se misturava com algumas plantas que, suponho, foram trazidas de fora e plantadas ali nas imediações. Lembro-me muito de umas palmeiras de menor porte, se comparadas às cinco palmeiras imperiais que ficavam na parte de trás do Casarão do Barão. Era, realmente, um lugar muito bonito e com uma vegetação bem preservada. Logo um pouco mais abaixo, nesse córrego, existia um local que era o nosso preferido para banhos, por se tratar de um local com menos vegetação. Suponho que a essa nossa preferência tenha sido direcionada por algum adulto, que nos fazia crer que o local da “banheira” poderia ser visitado por jacarés ou coisas parecidas. Os mais velhos contavam-nos muitas histórias da existência de diversos animais selvagens na região, inclusive a temida onça suçuarana, sem falar das endiabradas, traiçoeiras e venenosas cobras, cascavel, preguiçosa, jararacuçu e - se vocês pensam que vão ficar de fora, meninas, estão enganadas!, havia também muitas jararacas. Para enriquecer ainda mais esta história da "Banheira",

Uma outra versão do porque não tomávamos banho no local denominado de banheira, é que na realidade nós éramos proibidos de tomar banho lá. Pois só podiam se banhar lá as nossas tias. (ai fica um mistério, não tomávamos banho lá porque erámos proibidos e se essa proibição tem a ver com as cobras e onças que habitavam a região na époco, ou tem um outro motivo de foro íntimo das nossas tias, que queriam privacidade durante seus banhos). 

Lembro que, no local onde nos banhávamos, havia um lajedo, no leito do córrego, por onde passava a água, que batia na nossa canela. Ao lado, uma pedra – aliás, uma das características da região era a existência de muitas pedras, o que, inclusive, despertava a cobiça de garimpeiros em busca de pedras preciosas. Nessa pedra, que devia ter uns dois metros de altura, subíamos para pular em um laguinho formado ao lado dela.

(Trecho retirado de Nossas Férias Na Santa Rita - Fazenda Serra de Cima)

A segiuir foto do local que era conhecido na época como "Banheira"

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         3 -As Férias no Casarão

Durante nossas férias no casarão, participamos de diversas atividade, dentro e fora dele, erámos um grupo de primos que estava sempre se movimentando, quer seja dentro ou fora do casarão. Atividades como caça e pesca eram praticadas, asssim como as atividades de pegar passarinhos, principalmente o canário da terra amarelo, atividade permitida na época, sem nenhuma restrição pelas leis ambientais vigentes. Como já mencionado, no casarão da nossa época, não existia mais água encanada, pois a caixa d'água de abastecimento do casarão estava quase que totalmente destruída e as tubulações já deviam estar inutilizadas. Assim sendo, era muito comum nos banharmos nos córregos. Atividades como lavagem de roupas e vasilhas, na maioria das vezes se davam nos córregos, isso era muito comum na época, inclusive me lembro muito bem de um lavador de roupa tradicional que existia lá perto de casa no Rio Cricaré, em Nova Venécia, que ficava num beco entre a casa do músico José de Mansur e o Alambique de se Nô. 

Assim como na Fazenda Serra de Cima (Santa Rita), na Fazenda Serra de Baixo, também existiam as "Catras", feitas por garimpeiros em busca de pedras preciosas, dentre elas a mais cobiçada na época as "Águas Marinhas", lógico que essa também era uma nossa curiosidade, pois apesar de na época não termos noção do significado do dinheiro, sabíamos que as cobiçadas Águas Marinhas eram valiosas. Pelo que me lembro na época existiam muitas "Catras", ao longo do córrego e era muito comum encontra nessas catras os seixos rolados, as escórias e os cristais.  Me lembro que costumávamos levar alguns seixos, escórias e cristais para o casarão, lógico que eram os refugos das catras deixados nos locais pelos garimpeiros. Inclusive teve uma época em que a Dona Bibiu, encontrou uma Águas Marinhas, considerada bem valiosa para a época, e inclusive como o meu pai era muito ligado ao seu Nô, também a minha mãe e dona Bibiu eram muito amigas, e, me lembro que ela contava que teve um sonho com a minha mãe, e que nesse sonho a minha mãe indicava o local, onde ela deveria encontrar a tal pedra preciosa, foi então que decidiu seguir as dicas do sonho e conseguiu encontrar a tão cobiçada Águas Marinhas. (Isso pode ser uma lenda).

O curral, que ficava em baixo do casarão, era na época o local utilizado pelo Johatan para ordenhar as vacas de leite, e esse também era um local que costumávamos frequentar, principalmente quando tinha bezerros novos. Apesar das recomendações para evitarmos ao máximo esse contato direto com o curral, principalmente devido ás possibilidades de pegar o famoso e que provocava aquela coceirinha insistente, "o bicho de pé", que inevitavelmente todos pegamos inúmeras vezes. Pois jamais seguimos esta recomendação de evitar ao máximo circular pelo curral. (taí, não gosto nem de lembrar dos bichos de pés, e principalmente de sua extração nada agradável e que nos levava um grande desconforto). 

Na época existia um costume de beber o leite ainda quentinho, assim que as vacas eram ordenhadas, lógico que havia toda a preocupação por conta da aftosa e geralmente como se faz hoje o rebanho era vacinado contra a aftosa. Apesar disso, não se recomenda esta prática hoje em dia, pois apesar da vacinação continuar a ser feita anualmente, é melhor prevenir do que remediar. (observando, que como eu nunca gostei de leite, eu pulei esta parte).

Então, parte desse leite era entregue para a tia Maria, que confeccionava os deliciosos queijos, me lembro perfeitamente dela preparando os queijos e tinha todo um ritual, o leite era colocado em um recipiente, geralmente um balde com 10  litros de leite e em seguida era acrescentado o coalho, passado algum tempo era a hora de separar a coalhada do soro, isso após mexer com uma colher o recipiente onde estavam a mistura leite/qualho. Após a retirada do soro a coalhada era colocada na forma (pois a proporção é a seguinte 10 litros de leite para 1 kg de queijo). Ai vem toda aquela preferência, se quer o queijo sem cura ( pode ser tirado da forma em 24 horas), meia cura (leva 3 a 4 dias no processo de cura) ou curado (em torno de 7 dias no processo de cura). Durante a cura do queijo tem todo o ritual de lavar e salgar o queijo e raspar as rebarbas, então nesse processo diário de raspagem, a minha tia Maria, utilizava uma  puã de lagosta para fazer a raspagem do  dos queijos. Com um detalhe se você faz o queijo com o leite imediatamente após ser feita a ordenha, ele já esta na temperatura ideal e não há necessidade de aquecer.

 

Indo pelo varandão no sentido do final do casarão, havia ali um trecho do casarão que já estava parcialmente destruído, existia inclusive mais para o final um trecho que apesar de sermos proibidos de frequentar, mesmo assim fazia parte de uma certa travessura de infância. Trata-se de uma parte onde não existiam mais a cobertura, o assoalho e as paredes, e em compensação as colunas e vigas transversais ao nível do primeiro piso, estavam intactas e nós costumávamos ficar atravessando da frente do casarão para os fundos caminhando em cima das longarinas (ou vigas de madeiras), isso era feito meio que escondido. Claro que as recomendações eram feitas para prevenir algum acidentes, pois, os riscos eram eminentes e poderíamos levar uma queda de pelo menos 3,5 metros de altura. Até onde eu me lembro tinha no final do casarão um trecho destruído de uns 30 a 40 metros.

 

Já mencionamos as 5 palmeiras imperiais que ficavam localizadas atrás do casarão, na minha estimativa, elas deviam ter entre 40 a 50 metros de altura.  Acontece, que um belo dia uma delas resolveu cair, e coincidentemente caiu sobre o casarão, ainda me lembro do tronco da palmeira atravessando o casarão se não me engano de um lada a outro, e até onde me lembro ela caiu num trecho que ainda estava relativamente bem conservado, pois ainda existiam telhado, paredes  e assoalhos. A destruição de um segundo trecho do casarão com a queda de uma das palmeiras pode ter sido um divisor de águas na luta pela preservação do mesmo, acontece que houve a destruição de um trecho considerável pelo impacto da palmeira. 

Me lembro também que muitas vezes nos fins de tarde tinhamos o costume de sentar no assoalho do varandão da frente do casarão e alí, muítas conversas se desenrolavam, principalmente quando lá estavam três exímios contadores de caso o meu pai , Zenóbio, Tio Rui e Tio Zoel, esses dois irmão do meu pai eram o que podemos chamar para a época de caçadores com larga experiência, inclusive nos ensinavam a manusear as famosas espirgadas Flober. (o meu pai tinha uma de 21 tiros, que ficava lá em casa em Nova Venécia). Os dois, o tio Rui e o tio zoel gostavam de contar histórias das inúmeras cassadas que fizeram ao longo da vida... lógico que histórias de caçadores a gente sempre tem que dar um desconto. Das inúmeras histórias contadas eu realmente não me lembro. É importante salientar que sempre nas nossas férias tinham pessoas da família ou de fora da família visitando o casarão. Enfim, até onde me lembro isso que foi descrito até aqui representa uma parte das nossas adoráveis e inesquecíveis férias no casarão. Lógico, que boa parte das histórias se perderam com o tempo da minha memoria. 

Nota:. A medidas informadas de vãos e dimensões de portas e janelas foram feitas com critérios técnicos, lógico que mesmo assim os valores são aproximados. Assistendo o filme Sagarana o Duelo (que poderão acessar e assistir através deste site), pude perceber quando o ator principal do filme Joel Barcellos, estava em baixo de uma das portas dos salões principais do casarão, pela altura do ator 1,75 m, foi fácil extrapolar as dimensões de portas e janelas através de uma regra de três simples.

**********************F I M - Férias no Casarão *************************

Uma curiosidade, durante todo esse período em que passamos férias no casarão, não tivemos a oportunidade de subir na montanha rochosa que fica atrás dele, durante a nossa  última  passagem no local onde antes existia o casarão, enquanto estávamos nas imediações do local chamado de "banheira", tirando fotos, inclusive esta foto mostrando o local da banheira é bem atual, foi tirada no dia xxxxxxx, Enquanto estávamos ali passaram umas motos indo em direção ao topo da montanha, e aí bateu aquela curiosidade de numa próxima oportunidade subir para ver do topo da montanha as paisagens em seu entorno.

Durante o período em que eu estava fazendo o vídeo que chamei de: "Projero Casarão BA Entorno da PE - BA - Barão de Aymorés e PE - Pedra do Elefante, tive umas imagens liberadas e que foram colocadas no vídeo, feitas através de Drone, mostrando toda beleza do entorno da Pedra do Elefante.

Então, estamos diante de um grande potencial turístio a ser explorado em prol do desenvolvimento túristico da região, que  serão traduzidas em geração de emprego e desenvolvimento social para o munícipio de Nova Venécia.

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Janelas Duplas da Fachada Principal
 
Cena do Filme Sagarana O Duelo

Janela interna tipo Guilhotina em Vidro

Jabela Externa tipo Veneziana. 

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Portas da Fachada Principal
 
Cena do Filme Sagarana O Duelo

dos Salões Principais - medindo 2,50 m 

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Cena do Filme Sagarana O Duelo
 
Parede dos Salões

Pintadas em tonalidade esverdeadas

Foto do Livro "A Sombra do Elefante"
 
Parede de Estuque

construída com hastes de bambú

Quero chamar a atenção para
a necessidade de recontrução
do Casarão do Barão de Aymorés, que significa um resgaste histórico
importante para o município de Nova Venécia.
E representa um fator de desenvolvimento da região com a exploração de todo potencial túristico existente, que redundara na geração de emprego e desenvolvimento social. 


 

Um adendo a respeito da decoração do casarão - Que ocorreu em plena era Vitóriana (1837 -1901)".

Os detalhes internos de decoração do casarão que não chegamos a conhecer, foi desenvolvida na era denominada de Vitoriana, ( na história do Reino Unido, a era vitoriana foi o período do reinado da Rainha Vitória da Inglaterra de junho de 1937 até sua morte em janeiro de 1901 ).

É bom lembrar que neste período, o Brasil e o mundo sofriam influências da Europa e que era costume a importação da Europa de: pratarias de porcelanas finas, tapeçarias, móveis e cristais 

Pelas pesquisas que fiz algumas fazendas dos Barões do Café, eram bem sofisticadas e de acordo com o que podem ver no site [O ESTILO DE MORAR DOS BARÕES DO CAFÉ - neste site vocês poderão ver uma reconstituição feita por um grupo de arquitetos e decoradores , retratando como eram as Fazendas dos Barões do Café. (è importante salientar que estas reconstituições foram feitas para fazendas situadas Estado do Rio - como já disse não tenho ideia de como foram as decorações do Casarão do Barão dos Aymorés).

No site podem ver as reconstituições, retratando o estilo de decoração das casas dos Barões do Café, feitas por um grupo de arquitetos e decoradores da Casa Vogue:  Podem ver no site:  

As Fazendas dos Barões do Café no Brasil: Patrimônio Histórico Rural e Turismo Geísa Martins Soares, Nelson Antonio Quadros Vieira Filho.

A elite dos barões passou a viver de maneira ainda mais sofisticada, chegando a fazer concorrência com a corte. Em uma fazenda do Vale do Paraíba, o proprietário chegou a importar o gramado da Inglaterra. Alguns barões recebiam visitas da família imperial. “Nas recepções importantes, o proprietário chegava ao requinte de apresentar um menu du dinner, impresso em panos feitos em tipografia da capital (GRIEG, 2000, p. 36). Os salões das sedes das fazendas eram muito grandes e ricamente decorados. Tudo vinha da Europa: finas porcelanas pratarias, tapeçarias, móveis e cristais. Os salões eram palco para as inovações que os moldes estrangeiros possibilitavam. Em um canto da sala, às vezes num cômodo especial, ficava o piano, centro das atenções em momentos especiais de encontros e festas.

 

 

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Em breve iremos colocar



um vídeo mostrando



esta  bela área da banheira.

Palmeiras Imperiais

Local  chamado de "Banheira"

Embreve teremos aqui um

vídeo filmado

do cume da montanha

rochosa acima do 

local onde ficava

o Casarão.
 

INSPIRAÇÃO

O CASARÃO FOI CENÁRIO DO FILME 


SAGARANA O DUELO

É bom lembrar que este casarão fez parte de um trecho do  filme da obra de João Guimarães Rosa, um dos mais famosos literatas brasileiros, extremamente conceituado, que além de médico, poliglota, foi diplomata e que teve na obra "O Grande Sertão Veredas", a sua maior contribuição para a literatura brasileira. O título do livro que inspirou o filme, é "Sagarana". Sendo que "Sagarana", esse nome  é um neologismo, fenômeno linguístico muito presente nas obras do autor, É a junção da palavra "saga" com "rana", de origem tupi, que significa "semelhante com". Assim, Sagarana seria algo semelhante a uma saga. O livro "Sagarana", reune 9 contos, dentre eles, O Duelo, que deu nome ao filme, " Sagarana o Duelo", filme de Paulo Thiago e músicas de Antônio Carlos Jobim e Dori Caymmi. Esse filme pode ser visto no Youtube.

Isso nos mostra a importância que este casarão despertava no cenário nacional e que despertou o interesse de registrar no cinema cenas que se passaram no interior e nos arredores desse casarão. A reconstrução deste monumento histórico, é muito significante  para o município de Nova Venécia, pois trata-se de um resgaste histórico e cultural dos idos de 1870 quando o Brasil Império era  governado por Dom Pedro II.,

"Chamamos a atenção para a importância histórica do Casarão para a sociedade veneciana, no filme "Sagarana - O Duelo", o Casarão do Barão de Aymorès, é mostrado logo no ínicio do filme em cenas que se passam no interior do casarão e em seus arredores, mostrando toda beleza paisagística da região onde estava inserido o casarão, em um filme que retrata um dos mais belos contos do livro "Sagarana", da obra de um dos maiores escritores da literatura brasileira, João Guimaraes Rosa, considerado um dos maiores escritores do século XX.

Conversando com o meu primo Antônio Cesar, ele me informou que chegou a emprestar um cavalo, que dentre outros fez parte da cenas da emboscada realizada em frente ao casarão e que um personagem muito conhecido da sociedade veneciana, o veterinário Darcilito Duarte Santos (In memoriam), foi quem efetuou os disparos da cena em que o carro pega fogo.

A seguir algumas fotos com cenas no interior e arredores do casarão. A útima foto, na realidade é um vídeo. Clicando você pode assistir o filme: " Sagarana O Duelo".

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Ao clicar você pode ver as fotos e no final das fotos, tem um vídeo: Clicando você pode assistir o filme " Sagarana O Duelo"

 

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Árvore
Genealógica

Antônio Rodrigues da Cunha

&


Rita Maria da Conceição Gomes da Costa

 

Filiação

Major Antônio Rodrigues da Cunha

Barão de Aymorés

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1º Matrimônio

Major Antônio Rodrigues da Cunha

&


Tomázia da Silva Lima

Casou-se três vezes:

1º casamento com com Tomázia da

Silva Lima, filha do 1º barão de

Itapemirim.
 Não dispomos de foto da

1ª esposa.


 

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2º Matrimônio

Major Antônio Rodrigues da Cunha

&


Teodósia Vieira Machado da Cunha


2º casamento com com com Teodósia

Vieira Machado da Cunha,filha do

Capitão José Vieira Machado e Lina

Vieira Machado da Cunha, fazendeiros

no Vale do Rio Castelo - ES. 

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3º Matrimônio

Major Antônio Rodrigues da Cunha

&


Ercília de AlmeidaFundão



 3º casamento  com Ercília de Almeida

Fundão.[1]. Não dispomos de dados

adicionais da 3ª esposa, e nem de foto.

 

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Filhos  no 2º Matrimônio

Casal 

Majar Antônio Rodrigues da Cunha 

&

Theodósia Vieira Cunha

1 - Meralda Vieira da Cunha - Casada: Orlando Gomes Santos

2 - Rita Vieira da Cunha - Casada: Ceciliano Abel de Almeida  

3 - Lina Vieira da Cunha - Casada: Wantuil Vieira

4 - Theodósia Vieira da Cunha - Casada:Antônio dos Santos Neves

5 - Eleosípio Vieira da Cunha - Casado: Herndina Oliveira Fernandes

6 - Tito Vieira da Cunha - Casado: Celeste Santos Neves

7 - Wantuil Vieira da Cunha: Casado: Adelia Santos Neves

8 - Theófilo Vieira da Cunha -   *****************

9 - Cesar Vieira da Cunha - Casado: Josephina Vicheatto

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O filho do 2º Casamento


Cezar Vieira da Cunha


casou-se com


Josephina Vicheatto
(Imigrante Italiana)

F I L H O S

Antônia Cunha Rodrigues - Casada: Zenóbio Libânio Rodrigues

 

Isaura Cunhaa - Casada: Adalberto ...

 

Elvira Cunha - Casada:

 

EmíliaCunha - Solteira 

Maria Cunha - Solteira: 

Antônio Vieira Cunha - Casado: Iolanda

Milton Cunha Vieira Cunha - Casado: Armanda Cunha ...

Obs: Este assunto " Árvore Genealógica"  é muito vasto e requer um pesquisa com maior profundidade... quem sabe um dia alguém resolve faze-la.

 

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